terça-feira, novembro 07, 2006

Um desabafo pouco sério sobre um assunto muito sério!

Após uma breve ausência, mais ditada pela falta de tempo do que pelo desinteresse ou falta de actualidade para comentar e/ou explorar… Hoje quero antes conversar sobre uma realidade, a meu ver, inominável e garantir-vos que farei um esforço por não atribuir a este desabafo um carácter demasiado reivindicativo ou "manifestante" (se é que isto existe!) que dá pelo nome de aborto, ou interrupção voluntária da gravidez. É que sabem, esta questão da nomenclatura tem muito que se lhe diga... e, já deixando antever a opinião que assumidamente defendo relativamente a este assunto, o acto deveria ser indeed, voluntário, pessoal e intransmissivel! Tanta coisa mudou, supostamente, tanta coisa evoluiu e nós continuamos a viver uma realidade, entre outras coisas, indescritivel... Como é que entre dois países, com a mesma tradição religiosa, com a mesma legislação, existem concretizações práticas tão díspares? Isto revolta-me as entranhas, revolta-me as entranhas que a mulher em Portugal viva condenada a recorrer a um aborto num país estrangeiro, ou num vão de escada, um país ainda mais estrangeiro! Revolta-me as entranhas que a mulher em Portugal se sinta tão "embarassada" e os espanhóis nunca vão entender como esta palavra é rica de significados no caso português, por isso mesmo, e por tudo isto, não deixes de ir às urnas (eu avisei que isto podia parecer uma manifestação, mas não me consigo controlar!) e não deixes de obrigar os teus amigos, faz disso uma visita de estudo! Não deixes de ir por circunstância alguma, porque esta realidade existe e tem que ser assumida!